Guaíba
Com o expressivo aumento de visitantes após a retomada da travessia hidroviária por catamarã, Guaíba investe para potencializar o turismo. Segundo a secretária do setor, Claudia Mara Borges, chegam ao município, via catamarã, cerca de 400 turistas por dia durante a semana. "Este número sobe para quase 4 mil durante o final de semana", afirmou. Por isto, projetos antigos e novas iniciativas começam a sair do papel. No próximo sábado, às 9h, o barco Travessia, com lotação para 20 pessoas, deixará o terminal em direção à Ilha das Pedras Brancas, ou Ilha do Presídio.
O passeio abre a retomada da visitação à ilha, que foi depósito de pólvora nos tempos do Império e serviu como laboratório de pesquisa da peste suína na década de 1950. A partir de 1956, foi transformada em prisão e, durante a Ditadura Militar, passou a ser cárcere para muitos presos políticos, entre eles o advogado e ex-marido da presidente Dilma Rousseff Carlos Araújo, o advogado Índio Vargas e o deputado estadual Raul Pont. Um dos casos mais emblemáticos foi o do ex-sargento do Exército Manuel Raymundo Soares. Em agosto de 1966, o corpo do ex-militar, que cumpria pena no local, apareceu boiando no Guaíba com sinais de tortura. O fato acarretou debate sobre o tratamento dado aos presos políticos em solo gaúcho. Segundo Cláudia, serão cinco passeios diários, guiados por um historiador e um ambientalista, com duração de 40 minutos cada. "Como a ilha é área de preservação ambiental, a lotação máxima é de 120 pessoas dia", adiantou. O telefone para marcar visitas é o (51) 3491-1888, das 9h às 17h30min, de segunda a sexta-feira. O ingresso custa R$ 15,00. Outra ação que tem agradado é o passeio gratuito de Dindinho, que faz três viagens por hora, passando pelos principais pontos turísticos da cidade, como a Casa de Gomes Jardim e o Museu Carlos Nobre. O setor de gastronomia também está se qualificando para receber os visitantes. |
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